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terça-feira, 22 de setembro de 2009

Popó evangélico anuncia candidatura à Câmara pela Bahia.


O ex-boxeador Acelino Freitas, o Popó, e seu empresário, Josafá Santos, assinaram na manhã desta terça-feira (22) suas filiações ao Partido Republicano Brasileiro (PRB). Popó anunciou que pretende ser candidato a deputado federal pela Bahia.

“Representar nosso estado vai ser mais uma vitória na minha carreira”, afirmou. A filiação de Popó deixou eufóricos os principais dirigentes do partido no estado. “Se ele aparecer na TV com calção, sapatilha, luvas e cinturão e disser ‘vou brigar por você’, quem não vai querer votar nele?”, diz Átila Brandão, terceiro colocado na disputa pelo governo baiano em 2006, vencida por Jaques Wagner (PT).

O presidente da legenda no estado, Sidelvan Nóbrega, considera que, com o apoio do ex-boxeador, o partido ganha força para pleitear a indicação do vice-governador na chapa de Wagner, que deve disputar a reeleição. O atual vice, Edmundo Pereira, é do PMDB, partido que deixou o governo baiano no início de agosto para lançar a pré-candidatura do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, ao executivo estadual. Popó está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios de Salvador, suspeito de ter envolvimento em um assassinato e uma tentativa de homicídio ocorridos no dia 9. As vítimas foram o namorado de uma sobrinha do ex-boxeador, Jonatas Almeida, de 22 anos, e um amigo dele, Moisés Magalhães Pinheiro, de 28.

Almeida sobreviveu ao ataque de dois homens armados e acusou Popó de ser o mandante, por causa da relação que mantinha com a familiar dele, uma adolescente de 17 anos. Duas horas antes do crime, Popó teria ido à casa de Almeida buscar a sobrinha.

Sobre a acusação, o ex-pugilista alegou que é o resultado de ele “ser muito família”. Ele também reclamou dos repórteres que cobrem o caso, dizendo que foi tratado “de forma grosseira”. Na quinta-feira passada, o Popó prestou depoimento e alegou inocência. A delegada que conduz a investigação, Francineide Moura, diz ainda não ter nenhuma prova que justifique uma acusação formal contra ele.

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