A Justiça Eleitoral de São Paulo informou hoje que deve marcar uma

audiência para que o humorista e deputado federal Francisco Everardo

Oliveira Silva, conhecido como Tiririca,redija um ditado. A audiência

para colher material gráfico é parte da ação penal que apura

se ele é alfabetizado, conforme declarou para concorrer ao cargo.

O humorista admitiu que não redigiu sozinho a declaração. A defesa

dele alegou quea mulher do deputado o ajudou a escrever o

documento devido a uma lesão que dificultaa aproximação do

dedo indicador ao polegar de Tiririca. Tiririca não é obrigado

a comparecer ao teste. Segundo o juiz da 1ª Zona Eleitoral

de São Paulo, Aloísio Sérgio Rezende Silveira, se o deputado

comparecer e a prova for satisfatória, poderá se decretada a

absolvição sumária do réu. Caso contrário, o processo para

colher novos elementos terá continuidade e algumas testemunhas

podem ser arroladas.

O juiz não se manifestou sobre o conteúdo da documentação que

integra o processo que ocorre em segredo de justiça desde o dia 25

de outubro, quando Tiririca apresentou sua defesa. A denúncia,

oferecida pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), foi recebida em 4 de

outubro,com base no art. 350 do Código Eleitoral, que prevê pena de

até cinco anos de reclusão e o pagamentode multa por declaração falsa

ou diversa da quedeveria ser escrita para fins eleitorais em documento

público. Tiririca foi eleito com 1.353.820 votos para o cargo de deputado

federal nestas eleições, pela coligação Juntos por São Paulo

(PR/PT/PRB/PC do B/PT do B). Tiririca é filiado ao

Partido da República (PR).